A nossa história de amor – parte final

Links parte 1 e parte 2

Minutos depois recebo por e-mail um Voxcard com um coração, dizendo que ultimamente ele andava esquecido, distraído, não mandei resposta, dias depois ele me ofereceu o seu estojo de CD’s de músicas para eu ouvir em casa, com uma coletânea de Pearl Jam que eu amoooooo! Eu disse que aceitava, mas que pegaria em um outro momento.

Todos sabiam que eu namorava, eu não queria passar uma má imagem de mim, dificilmente eu saia da minha mesa, se eu aparecesse com um estojo de CD’s, certeza que minha chefe ia desconfiar.

Minha vontade mesmo era assumir logo de uma vez que estava apaixonada, minha amiga do fretado dizia que meus olhos brilhavam, nunca tinha me visto tão feliz, eu só queria saber de viver aquela felicidade, é um bem-estar que toma conta do nosso corpo, dos pensamentos. A amiga do fretado pedia calma, cautela e para tentar pensar com a razão, afinal eu ainda não tinha colocado um ponto final no namoro e eu nem sabia direito quem era o Paulo, mas eu já dava indícios que era um caminho sem volta, porém eu não tinha noção de como terminar o namoro, afinal eram 5 anos juntos.

O dia D foi em 28/10/2004, em uma conversa por e-mail ele quis saber o motivo por eu não ter pego o estojo de CD’s ainda, perguntou se eu havia gostado do Voxcard, foi aí que joguei algumas indiretas para ver quais as suas reais intenções, eu precisava saber se ia ser correspondia, me fiz de difícil, disse que havia gostado do Voxcard sim, porém eu namorava. Na hora ele quis terminar a conversa e pediu desculpas. Resolvi abrir o jogo, disse que ele não precisava pedir desculpas por nada, aliás era para mandar quantos cartões quisesse, mas estava sendo sincera, em relação ao namoro, ele me contou que também namorava e a relação também não estava bem. Expliquei que preferia ter calma, eu ainda estava confusa, ele entendeu e sabia que não era uma situação simples de se resolver, mas que não era impossível, mesmo assim, disse que era melhor pararmos a conversa por ali.

No dia seguinte retomei a conversa por e-mail e a terminamos na copa do café, com uma carona definida. O combinado foi que ele me buscaria na faculdade, estaria me esperando algumas ruas depois, já que eu passei a voltar sozinha para a casa, lembram?

***tenho todos os e-mails que trocamos, guardados a sete chaves.

Durante a ida até a faculdade, fui contando tudo para a minha amiga do fretado e sobre a carona na saída da faculdade, ela fez eu prometer que seria só uma conversa, dei um sorriso meio sarcástico, mas prometi que seria apenas uma conversa.

Bom, foi mais ou menos, rsrsrs…… conversamos muito e percebemos que estávamos apaixonados, achei que ele me deixaria na estação do metrô, mas não, ele quis me levar até em casa, eu morava muito longe, tivemos bastante tempo para conversar e….. nos despedimos com um “selinho”. Dali em diante estava decidida que acabaria com o namoro na semana seguinte, o Paulo viajaria para a casa dos pais e também terminaria com a ex-namorada. Consideramos a data de 29/10/2004 como início do nosso namoro.

Na semana seguinte meu pai foi internado para fazer a cirurgia do coração. Aqui eu não consigo lembrar a ordem dos fatos, mas acho que o ex chegou a visitá-lo no hospital, depois que ele saiu da UTI, lembram que eu comentei que ele começou a me cobrar mais presença? A visita foi contra a minha vontade, mas eu não tinha cabeça para discutir.

Depois da visita, no próximo final de semana, liguei para o ex e terminei por telefone mesmo! Aos poucos eu e o Paulo fomos escondendo cada vez menos a relação na empresa, para a minha família nem foi tão surpresa assim, o ex já não aparecia há meses em casa e um dos meus irmãos já tinha me visto chegar de carona com o Paulo. Meu pai o conheceu ainda no hospital, em um dia que ligaram pedindo mais trocas de roupas, como o Paulo morava perto do hospital, se ofereceu para levar.

Logo depois eu peguei meu boletim de notas, sai da faculdade dando pulos de alegria, passei direto e estava formada. Nunca mais vi ninguém da faculdade e o ex reencontrei apenas uma vez, foi para devolver todos os presentes que ele meu deu. Não porque eu quis devolver, ele pediu! Então seu desejo foi uma ordem, marcamos um encontro no shopping, o Paulo foi comigo, lógico, ficou escondido espiando de longe, entreguei uma sacola com tudo que me pediu e disse apenas Tchau! E nunca mais eu soube dele. Página virada!

Com 1 mês de namoro, marcamos o casamento para Junho/2005, mas como eu queria a festa dos sonhos, noivamos em Outubro/2005 e casamos no ano seguinte em 28 de Outubro de 2006, data escolhida a dedo, dia de São Judas Tadeu, que sou devota e a data do dia D.

Enfrentamos um mar de obstáculos até o casamento, mas eu fiz tudo exatamente do que jeito que eu queria, cada detalhe foi planejado por nós com muito suor e amor, mas isso é história para um outro post, quem sabe né?

Foi uma delícia escrever a minha história, me fez lembrar de detalhes que estavam quase esquecidos, ler os e-mails da época me levou de volta àquela época, olhei nosso álbum de fotos do casamento…

Quero agradecer em especial as coincidências da vida e as pessoas que de alguma forma acabaram se envolvendo na história, são pessoas especiais, algumas foram até padrinhos do casamento!

Essa história para mim representa bem um trecho da música Ironic, “a vida tem uma maneira engraçada de aprontar com você e tem um jeito muito, muito engraçado de ajudá-lo”.

Tenho amigas que já me contaram as suas histórias e estavam cansadas de esperar pelo príncipe encantado, meu conselho sempre reflete na minha história: seu destino pode estar ao seu lado, no tempo certo a vida apronta uma com você.

FIM

2 comentários

  1. Alida comentou:

    Que delícia de história. Parabéns pro casal e pra família linda que formaram. Bjs

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