O nascimento e pós-parto: a experiência de uma fase delicada!

Olá, mamães

Quero contar para vocês como foi o nascimento da Rafa e o meu pós-parto. Não me lembro ao certo de conversar com alguma amiga sobre o momento do nascimento de um filho e nem ler muito sobre isso na Internet, por isso resolvi falar um pouco sobre o que vivenciei.

Eu sempre via fotos ou propagandas da mais pura euforia de amor, a mãe chorando e sorrindo ao mesmo tempo como se a chegada do bebê fosse a única coisa a se preocupar. Claro que o nascimento de um bebê envolve muita emoção, uma explosão de amor que dói, que se multiplica a cada segundo. Mas…..será que o momento do nascimento é somente isso mesmo? E o pós-parto? Será que a mulher só se preocupa com o bebê e a única coisa que lhe resta é correr pra lá e pra cá para atender as necessidades dele. Não é bem assim!

Durante a minha gestação tudo era alegria, entusiasmo, ansiedade para a chegada do bebê, cada roupinha comprada, cada detalhe do quartinho que ficava pronto era motivo para festa. E você se sente a pessoa mais importante do mundo com tantos mimos que recebe.

Me lembro de quando fiz o enxoval, eu colocava as peças e itens sobre a cama e tirava fotos, eram os primeiros pertences da Rafa. Essa fase realmente é uma delícia e devemos curtir bastante.

Porém os meses vão se passando e o tão sonhado momento chega! Me lembro da última consulta com a Ginecologista dizendo que o meu parto seria marcado para o dia 25, terça-feira da próxima semana. Fui para a casa chorando, pensando: “puxa! vão tirá-la de mim”, vai entender né? Minha preocupação era em deixar tudo pronto para o grande dia, eu sabia que a partir do dia 25 eu iniciaria uma nova fase.

Meu parto foi cesárea, não tive condições para parto normal. Enquanto estava na sala de cirurgia, só queria que meu marido segurasse a minha mão, me sentia segura.

Era tudo tão novo pra mim, que depois que a Rafaela nasceu e eu escutei o seu choro, pensei: “Meu Deus!!! sou mãe, esse ser pequenininho é meu.” Eu tinha a impressão de estar paralisada, a única coisa que soava aos meus ouvidos era o seu choro. Comecei a chorar de emoção somente alguns minutos depois do seu nascimento, foi nesse instante também que ao trazerem a Rafaela para perto de mim, percebi o meu extinto de mãe, a que ia protegê-la e ter a missão e a responsabilidade de cuidar. E o pai? Coitado né gente? Parece que mergulhamos nessa chuva de emoção, nos prendemos no momento do nascimento e acabamos esquecendo do papai, não vou saber dizer quais foram seus primeiros sentimentos, só me lembro de apertar a mão dele muito forte, o tempo todo (a foto do post é o papai com a Rafaela, com apenas 7 dias).

Passado o período pós-cirúrgico, fui para o quarto. Logo trouxeram a minha bebê, e de verdade, parece que são feitos de cristal, parece ser tudo tão delicado, ainda mais quando se é mãe de primeira viagem, essas impressões são multiplicadas por mil.

Na maternidade você tem ajuda, instruções, tudo é perfeito! Passamos os três dias no hospital tranquilamente.

Ao chegarmos em casa, fomos nos adaptando a rotina, mas uma coisa me incomodava, me sentia extremamente irritada em alguns momentos e em outros chorava, chorava rios de lágrimas, isso é horrível, ficava me questionando: “cadê toda aquela alegria, aquele entusiasmo?!?!?!?” Não sabia ao certo o que estava acontecendo, até porque tudo isso se mistura com a preocupação de cuidar do bebê, o mundo é praticamente dele e o nosso tempo também.

Cheguei a pensar que os momentos de irritação era porque eu não dormia direito, gosto muito de dormir e acho que a falta do sono me deixava irritada e quando eu chorava, geralmente era quando a Rafaela estava dormindo no meu colo, olhava pra ela e pensava como seria minha vida daqui pra frente, como eu conseguiria sair com um bebezinho de casa, tinha a sensação de pânico só de pensar em sair na rua, o que também parece ser normal se formos pensar que a nossa situação atual favorece a este tipo de pensamento.

Cheguei a pensar em depressão pós-parto, mas os sintomas são bem mais extensos e descobri que na verdade eu estava passando pela fase “baby blues”, o que é comum entre 70% a 80% das mulheres nas primeiras semanas pós-parto. Confesso que durante a gestação não me preocupei em saber sobre esse estado emocional, de verdade nem sabia direito o que eu estava passando, durante a minha gravidez fiquei mais sensível, mas nada preocupante e nem imaginava que o puerpério poderia causar sentimentos tão fortes assim.

A boa notícia é que isso passa! Fiquei mais tranquila após a primeira consulta da Rafa no pediatra e fui me adaptando ao cuidados necessários, com o tempo isso simplesmente sumiu, não me lembro ao certo quanto tempo durou, mas acho que foi mais de um mês, os sentimentos não eram tão intensos como nas primeiras semanas, mas ainda sim, ficava irritada e tinha crises de choro.

Achei importante relatar o que aconteceu comigo, durante a gestação a preocupação é somente com os preparativos para a chegada do bebê, esquecemos de nós mães, é importante procurar saber mais detalhes sobre o puerpério, você e familiares que estarão mais próximos, para entendê-la em uma fase de crise, as vezes o que precisamos são apenas de palavras acolhedoras.

E com vocês como foi o período pós-parto? me contem!!!

Beijos

Deixe seu comentário!