Neste último sábado, foi dia de se despedir da chupeta, Rafa já está com 3 anos e 6 meses, ela nunca foi apegada tanto assim a chupeta, mas sempre se acalmou em momentos de choro e era acessório crucial para dormir.
Mesmo usando somente para induzir ao sono, a dentista recomendou que eu já iniciasse o processo de desapego total, para não prejudicar a sua arcada dentária e evitar inúmeros outros problemas que a chupeta pode causar.
Na verdade eu já estava ensaiando esse processo, sempre quando ela pedia a chupeta para dormir, dizia que no Natal o Papai Noel viria buscar a chupeta e deixar um presente, não sei se ela entendia, mas eu preferia dizer do que tirar de repente.
E a ideia de já começar a falar sobre o assunto não foi à toa, pois comecei a perceber que a Rafa estava ficando muito apegada a chupeta, diferente de quando era menor.
Bom, a tática aqui em casa, seguindo o conselho de amigas mães que já passaram por isso, foi conversar muito com ela, aproveitei a recente consulta na dentista e expliquei que os dentes estavam lindos e brilhando depois que a dra. Heloísa limpou os dentinhos, mas que se ela continuasse a usar a chupeta, o brilho iria embora e perguntei se poderíamos ir a uma loja de brinquedos fazermos uma troca, ela escolheria um brinquedo e entregaria a chupeta para quem estivesse no caixa, assim essa pessoa enviaria a chupeta ao Vale Encantado da Fada do Dente, ela concordou!
Fui preparada para desembolsar dinheiro com um brinquedo mega caro, mas por fim, me surpreendi, ela escolheu um pelúcia, disse que seria seu bichinho de estimação e dormiria com ele todos os dias, no lugar da chupeta.
Mas neste mesmo dia da entrega da chupeta, depois do banho, enquanto colocávamos o pijama, começou o chororô e aí se foram mais uns longos minutos de conversa, só que dessa vez foi meu marido quem ficou no quarto com ela, eu já estava de coração partido de vê-la chorando tão sentida, dizia para o papai que já que a Fada do Dente levou a chupeta, poderíamos ir em uma loja comprar outra e entre um argumento e outro, o choro foi passando até que se entregou ao sono.
Estava até esperando mais uma das tantas noites que não conseguimos dormir sem interrupção, não é mesmo? mas graças a Deus, isso não aconteceu, o sono foi tranquilo.
No dia seguinte ao amanhecer, nenhum pedido de chupeta. Ela foi até o nosso quarto, como sempre faz, deu bom dia e repentinamente disse: “mamãe e papai eu não vou mais chorar por causa da chupeta”.
Neste mesmo dia, depois do banho, nada de falar sobre chupeta, pegou seu pelúcia e dormiu agarradinha com ele. Pensei que seria um processo bem mais difícil.
Enfim, se fosse depender de mim, ainda faltariam 4 meses para esse processo começar a acontecer, mas em se tratando de criança, cada mês é precioso, pode ser que a Rafa ficaria ainda mais apegada a chupeta e talvez seria complicado tirar definitivamente.
Fica a dica aqui para as mamães que estão passando por isso e que ainda vão passar e alguns conselhos para que esse processo seja simples e natural:
– Tente fazer o processo naturalmente, nada repentino e sem traumas, você pode começar por uma conversa explicando o que a chupeta pode causar aos dentinhos.
– Além da conversa, você pode inventar uma história de conto de fadas ou usar uma data próxima mais apropriada, tipo coelhinho da páscoa, Papai Noel, para o seu filho entregar a chupeta e receber algo em troca.
– Outra opção é incentivar a criança a doar sua chupeta para bebês e crianças menores que seu filho, dizendo que ele está crescendo, crianças adoram se sentirem mais velhas.
– Diminua a oferta da chupeta, quando a criança pedir reforce a conversa que você tem tido frequentemente com seu filho sobre deixar de usá-la e diga que já está chegando o dia de entregar a chupeta para o personagem fantasia e/ou para outra criança.
– Se a criança estiver passando por algum período onde ficará mais sensível, de grandes mudanças ou se estiver doente, espere, deixe passar e depois inicie o processo.
– Não deixe a criança perceber que você está mentindo, uma vez feito um acordo ou a troca da chupeta por algo, seja firme na decisão, não volte atrás e procure passar tranquilidade sempre.
E o que eu aprendi com mais essa experiência? Nem tudo na maternidade precisa ser com sacrifício, se tornar um fardo nas nossas costas. Espero que o meu relato ajudem vocês de verdade!
Se quiserem me contar depois como foi, vou adorar saber!
Beijos