Olá, mamães
Quem me acompanha no Instagram, viu que eu postei há algumas semanas sobre o desapego da Rafa com o seu objeto de transição, um cobertor, mais conhecido como naninha. Contando um pouquinho da minha experiência, eu acho uma delícia a criança ter um objeto que lhe conforte, lhe traga segurança e até auxilie em situações de medo, sono ou separação. E logo de bebê, Rafa já adotou um cobertor como o seu objeto de transição.
Houve opinião adversa, ouvia que não era para acostumá-la com esse tipo de coisa, porque eu teria trabalho depois para fazê-la desapegar ou que isso viveria imundo, que eu não conseguiria nem lavar.
Pelo contrário, o que algumas pessoas não sabem é que ter um objeto de transição é saudável e muito comum na infância, faz parte do desenvolvimento emocional da criança. É a transição do bebê de desapego da mãe, que até o nascimento eram um único ser para ele, para um ambiente onde nem sempre a figura materna estará por perto, o bebê começa a se descobrir como um indivíduo e é neste momento que o bebê transfere o apego, o conforto, a proteção para um objeto.
E pode ser qualquer coisa, desde um cobertor, fraldinha, bicho de pelúcia, boneca de pano, até um som, música, uma parte do corpo ou pode ser que a criança nem sinta necessidade de ter um, super normal, não há uma regra.
Uma outra curiosidade: é a criança quem escolhe o seu objeto de transição, eu ganhei um naninha lindo, o tecido era parecido com a de um cobertor bem macio com um ursinho na ponta, feito especialmente para a ocasião, mas a Rafaela não se interessou, não lembro ao certo, mas com o passar dos meses, eu percebi que ela gostava de um cobertor que eu usava habitualmente para cobri-la, quando eu trocava eu percebia que ela queria o mesmo de sempre, então conclui que esse seria o item de apego que lhe traria aconchego em momentos de insegurança por alguns anos e foi mesmo, ela carregava esse cobertor para todos os lados.
Uma dica legal é que o objeto seja algo que dê para ser substituído, pois com certeza a criança o levará para todos os lados, é inevitável que suje e em casos de esquecimento. Logo depois que a Rafa adotou o seu, procurei comprar mais um cobertor igual, não achei da mesma estampa e comprei outro, mas a Rafa não se apegou, com medo de um dia perder ou esquecer, pedi para uma costureira cortá-lo ao meio, assim com duas partes eu me virava super bem, tanto para lavar e me ajudou muito no período de adaptação na escola.
Quanto ao desapego: sem pressa e desespero, é normal entre 3 a 5 anos a criança perder o interesse pelo objeto e largá-lo definitivamente, gradualmente o interesse será substituído por outras coisas, a Rafa está com 4 anos e 5 meses e esse foi o tempo dela. A preocupação vale somente quando o apego ao objeto é excessivo e está prejudicando o convívio social da criança, nestes casos vale procurar orientação médica ou psicológica para tentar entender o motivo do apego.
Sabiam que tem até livro para criança sobre o assunto, achei muito fofo para indicar aos pais: Meu Paninho da Panda Books.