Carreira e Maternidade: precisam se enfrentar?

Outro dia uma amiga me perguntou se sofri discriminação da família por ter deixado o mercado de trabalho após a maternidade.

Toda mulher deve passar por algum tipo de discriminação, seja de familiares, no meio profissional ou até de amigos sem filhos que acabam de afastando. É muito triste ouvir fatos assim, mas sabemos que acontece.

Bom, eu não sofri discriminação nenhuma de familiares e nem amigos e sim na empresa onde trabalhava e muito, mas isso é um assunto delicado e quero deixar para um outro post, a repercussão deste assunto nem sempre é a das melhores.

A verdade é que isso nem deveria sequer existir, a opção em voltar ao mercado de trabalho ou não após a maternidade é decisão da mulher, é o que lhe faz feliz e isso não vale só para o pós- maternidade, vale para qualquer pessoa que tem o livre arbítrio de fazer escolhas.

Sim, escolhas, todos tem o direito de escolher o que mais lhe faz bem e ponto! Quantas pessoas deixam sua carreira para serem viajantes, viverem longe da civilização, outras deixam cargos de alta direção e vão fazer o que realmente gostam, não vejo críticas em relação a essas pessoas.

Ainda há uma mentalidade totalmente equivocada entre pós-maternidade e carreira, é como se ambos tivessem que caminhar juntos e ao mesmo tempo se enfrentando, da mesma maneira que escolhemos qual tipo de trabalho gostamos mais de fazer, escolhemos ser mãe 100% integral, em nenhum lugar está escrito que devemos fazer exatamente os dois.

A sociedade tem alguns esteriótipos ultrapassados, um modelo de educação voltada ao trabalho, carreira promissa, onde dispor do seu tempo total significa excelência e reconhecimento.

E mesmo que a decisão seja entre filhos E emprego, há empresas que não consideram a maternidade um problema e até estão dispostos a disponibilizarem serviços de apoio, porém precisamos de mudanças contínuas, não basta aplicarmos um modelo de trabalho que facilite o retorno da mãe, a nova realidade estabelece novas prioridades, novas estratégias para ambos.

Enfim, ninguém deve se sentir frustada ou chateada porque alguém opinou sobre sua escolha, existem as que preferem ter carreira e salários e outras que optam por ter menos e viver rodeada do que realmente dá sentido à sua vida. São escolhas e todas devem ser respeitadas.

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